Talk, talk, talk... | Universidade #1

14:30

Hoje trago-vos um post (que não vai ser nada curto) sobre a minha experiência no curso de Línguas e Literaturas na Universidade de Évora até agora. É uma parte da minha vida que ainda agora começou e que estou a adorar e claro, queria partilhar aqui no meu cantinho.


O início

 No primeiro dia em que pisei o chão da Muy Ilustre e Digníssima Cidade de Évora para fazer a minha matrícula não imaginava que esse mesmo viria a ser o meu melhor amigo e para o qual só podia olhar por um mês e meio de praxe. Nesse mesmo dia fui logo ver a minha casa nova, onde tive a sorte de encontrar os melhores colegas de casa. Tem sido maravilhoso e agora tenho a certeza que fiz a escolha certa!

A primeira noite foi o meu primeiro impacto com a cidade. Confesso que mal os meus pais me deixaram sozinha na minha nova casa, chorei de felicidade por estar mesmo a conseguir seguir os meus objectivos. Depois de conhecer os meus colegas de casa foi um pouco mais fácil estar lá, comecei a sentir-me mais em casa. Eles foram super simpáticos comigo e começar a viver com outras pessoas sem ser os meus pais foi uma experiência bastante boa. Logo na primeira noite, os meus colegas de casa fizeram-me uma espécie de roteiro turístico e comecei a conhecer as várias subidas e as diversas ruas daquela que já posso considerar a minha cidade. Confesso que a ansiedade era tanta que mal consegui dormir nessa noite.
No primeiro dia de aulas senti-me um pouco perdida, ainda não conhecia ninguém mas ao mesmo tempo tinha uma vontade enorme de começar a falar com toda a gente. Nos primeiros dias foi um pouco complicado assimilar tudo o que estava a acontecer, as pessoas novas, a cidade, as aulas de duas horas, a praxe...

Templo Romano.

Praça do Giraldo.

Jardim de Diana.




As praxes

Adorei. Apesar de muitas pessoas não concordarem com a praxe, eu aconselho. Soube bem ser praxada e se tivesse de repetir, eu ia aceitar sem pensar duas vezes. Confesso, faltei a algumas e muitas das vezes em que estava a ser praxada ganhava vontade de me levantar e ir para casa. No geral, quem foi praxado pelo curso de LL(C) não tem razões de queixa dos Senhores Estudantes. Eles mandavam-nos fazer jogos, inventar teatros, cantarolar o cancioneiro mil vezes até que decorássemos as músicas. Tive a sorte de não comer alho nem knorr, mas infelizmente todos tivemos de comer cebola. As regras eram bem simples (mas eles tinham sempre de nos ir relembrando ao longo da praxe): não olhar, não tocar e obedecer. Foi, sem dúvida, graças a esse mês e meio de praxe que consegui conhecer e partilhar bons momentos com os meus colegas de turma, tal como com os senhores estudantes. Posso dizer que aproveitei bem as praxes, é uma fase do meu percurso académico que vou guardar para sempre. Para além disso, ganhei uma madrinha de curso e quatro irmãos. Quem estuda em Évora sabe que existem as Trupes, e, graças à minha enorme vontade de experimentar ser praxada por uma Trupe, ganhei outra madrinha (que também foi sem dúvida uma das melhores pessoas que conheci nas praxes). Ah, não vos disse, o meu nome de bicho era Funeral.


Primeira praxe.




Múmia central.

Aula de praxe.
Pausas durante a aula de praxe.


Aula de praxe.

Bichos.

Com a madrinha e irmãos de curso.

Senhores Estudantes e Bichos. 


Bicho Funeral.




As aulas

O primeiro semestre não correu assim tão bem como esperava, não sei se foi por não estar habituada ao ritmo universitário ou se foi mesmo por não me ter dedicado 100% a todas as cadeiras. Foi muito difícil para mim conciliar as praxes com as aulas, chegava a casa cansada de ouvir os professores e mal me deitava na cama lembrava-me que tinha praxe. Acabei por passar apenas a uma cadeira em avaliação contínua e fui a exame a quatro cadeiras. Infelizmente por exame só passei a uma. Tive dois exames no mesmo dia e optei por deixar um desses por fazer, o que não me serviu de nada pois não consegui passar no outro exame. Tive ainda o exame da cadeira que faltava e para o qual estava preparada mas também não consegui (fiquei triste depois de saber que o esforço que tinha feito não serviu de nada para conseguir passar).
O segundo semestre já correu (muito) melhor. Fiz quatro cadeiras em avaliação contínua e fiquei apenas com uma para exame (que não consegui passar). O meu truque? Apliquei-me muito mais, comecei a tirar apontamentos nas aulas (tive uma cadeira em que se não apontássemos tudo o que a professora dizia não conseguíamos compreender a matéria) e revia a matéria quando chegava a casa.

No próximo ano lectivo, ou seja, 2º ano, temos de escolher um ramo entre Literatura e Artes, Línguas e Turismo e Português/Língua Estrangeira (Inglês/Francês/Espanhol). Quando entrei para o curso estava meio indecisa entre Português/Inglês e Línguas e Turismo. Como queria continuar a ter Espanhol e Inglês, só podia escolher Línguas e Turismo pois Português/Inglês implicava começar a ter Latim. Hoje estou totalmente segura que quero seguir Línguas e Turismo e mal posso esperar para começar.

Colégio do Espírito Santo, Universidade de Évora


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